terça-feira, 26 de julho de 2011

26 de Julho - Dia de São Joaquim e Sant'Ana.

Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant'Ana.

Em hebraico, Ana exprime "graça" e Joaquim equivale a "Javé prepara ou fortalece".

Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant'Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora.

Sant'Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.

O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant'Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça.

A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.


São Joaquim e Sant'Ana, rogai por nós!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

"Extra-Terrestres" - O que a Igreja diz?

A Igreja e o OVNI

A Igreja Católica não se pronuncia sobre a questão da existência ou não de seres vivos e inteligentes como nós, fora da Terra, já que isto pertence ao campo da ciência e não da religião


São inúmeros os livros e os relatos exóticos e esotéricos sobre o assunto, e que a cada dia deixam as pessoas mais fascinadas. Diante das dificuldades da vida real, da luta dura de cada dia, as pessoas são levadas cada vez mais a buscar satisfação no 'sensacional', no 'maravilhoso', no 'fantástico', esquecendo-se, muitas vezes, da lógica e da razão. Os romanos já diziam que 'o povo gosta de ser enganado'.

A Igreja Católica não se pronuncia sobre a questão da existência ou não de seres vivos e inteligentes como nós, fora da Terra, já que isto pertence ao campo da ciência e não da religião.

Entretanto, percebe-se, com clareza, nos dias atuais, que se dá uma conotação religiosa aos chamados OVNI (objetos voadores não identificados) e seus imaginários tripulantes extra-terrenos, os quais, segundo certas crenças, mantêm 'contatos' com os terrenos. Nesta linha, vemos crescer a cada dia a multidão daqueles que vão em busca desses 'contatos'. Os que aceitam o espiritismo, acreditam que eles vivem nas estrelas e nos astros, após atingirem a sua perfeição, depois de sucessivas reencarnações. Algumas crenças identificam os extra-terrenos com 'espíritos desencarnados', dando, então, a eles, uma conotação religiosa. Nesta linha, muitos os evocam e buscam contatos com eles.

Sabemos que a fé católica proíbe a evocação dos mortos. Basta conferir na Bíblia (Deut 18,9s; Lv 19,31; 20,6.9.27; 1 Cr 10, 12:14, etc) e no Catecismo da Igreja, que diz: 'Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que erroneamente se supõem 'descobrir' o futuro. A consulta a horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos da visão, o recurso a médiuns escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e finalmente sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos' (nº 2116).

E o Catecismo completa: 'Essas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus' (idem). É a Palavra da Igreja!

Ora, se os extra-terrenos, são vistos por alguma crença, como espíritos dos mortos que atingiram a 'perfeição', e são agora desencarnados, a sua evocação e o contato com eles é proibida pela fé católica.
A ciência séria, até hoje, não comprovou a existência de seres extra-terrenos. Há muitas pesquisas em andamento, mas até aqui nada há de real e comprovado pela ciência séria. Estudei durante três anos no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, como aluno de doutorado em ciências aero-espaciais, e ali, nunca ouvi de um cientista desta área, a comprovação da existência desses seres.
O Jornal Folha de São Paulo, no dia 14/11/95, publicou na página 1-14 (Caderno de Ciências) uma matéria sobre o assunto, retirada da revista New Cientist. Entre outras coisas a matéria diz o seguinte: 'Muitos cientistas aceitam a visão de Frank Tipler, da Universidade Tulane (EUA), segundo a qual seres humanos são a primeira inteligência da Via Láctea. Para Tipler, sociedades mais avançadas que fizessem viagens interestrelares levariam cerca de 1 milhão de anos para colonizar a galáxia, se viajassem a velocidades menores que a da luz. Como a galáxia existe há cerca de 10 bilhões de anos e não há evidências aceitas por cientistas de ETs, não é difícil concluir que os seres humanos estão sozinhos na Via Láctea'.

Sabemos que para atravessar a Via Láctea são necessários 100 mil anos, viajando com a velocidade da luz (300.000km/s); e, para se chegar à galáxia mais próxima, Andrômeda, são necessários dois milhões de anos-luz.

Fonte: http://monsenhorjonas.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=553
foto: http://www.ufo.com.br/pop_fotos.php?id=32&placeValuesBeforeTB_=savedValues&TB_iframe=true&width=620&height=470
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Teoria da Evolução: a Igreja é contra?

A Igreja não é contra a teoria da evolução, desde que seja entendido que esta evolução foi querida por Deus, programada e executada por Ele. 

A Igreja também não abre mão de que a alma humana, imortal e racional, é criada diretamente por Deus e colocada na pessoa no instante da sua concepção, quando o óvulo feminino é fecundado pelo sêmen masculino. Dentro dessa ótica, a Igreja aceita a teoria do início do mundo a partir do Big Bang, a grande explosão que teria dado inicio ao universo hoje conhecido. Mas o que é o Big Bang?

No início do século os astrônomos começaram a mapear o Universo, e descobriram que as galáxias pareciam estar se afastando da Terra com velocidades cada vez maiores, de modo que quanto mais longe estivessem tanto maior era a sua "velocidade de fuga". Era como se os grupos de galáxias fossem partes de uma explosão acontecida a bilhões de anos. Daí nasceu a teoria do Big-Bang (grande explosão), segundo a qual o Universo começou a partir dos fragmentos desta gigantesca explosão.

A partir das velocidades relativas, observadas nas galáxias mais distantes, a época da explosão foi calculada em aproximadamente 15 bilhões de anos. Uma matéria ultra-comprimida teria explodido numa nuvem de energia e partículas elementares, aquecidas a uma temperatura inimaginável de bilhões de graus Celcius. Dentro desta esfera havia apenas fótons e nêutrons comprimidos de modo tal que um litro dessa matéria pesaria bilhões de toneladas e tinha a temperatura de 1015 (= 1 seguido de 15 zeros) graus C. Essa esfera teria explodido, jogando no vazio a matéria com a velocidade da luz.

Apenas um centésimo de segundo após essa grande explosão, a temperatura descera a 300 bilhões de graus C; os fótons e os nêutrons se condensaram em elétrons e núcleos, dando origem a uma massa de hidrogênio incandescente, que aos poucos foi se condensando em galáxias de estrelas. No interior das estrelas, a cerca de 20 milhões de graus, esse hidrogênio foi se transformando em hélio, num processo de combustão que liberava enormes quantidades de energia. Em seguida, num complexo processo de evolução química, esse hélio se converteu em outros elementos (oxigênio, carbono, nitrogênio, ferro.), que se encontram nas estrelas.

 Alguns bilhões de anos após a explosão inicial, originaram-se as estrelas, os planetas, os asteróides e os satélites que constituem o nosso sistema solar e o universo inteiro. Sabe-se hoje que o espaço é perpassado por um campo de radiações, que têm a temperatura de 2,7 graus absolutos (270 graus centígrados abaixo de zero). Essas radiações são o resíduo da radiação muito mais intensa e quente que devia perpassar o universo nas suas fases iniciais de existência. Por efeito do processo de expansão devido ao big-bang inicial, a radiação eletro-magnética originária teve que diminuir a sua temperatura até chegar hoje, 15 bilhões de anos depois, a uma temperatura próxima do zero absoluto. 

A presença dessa radiação, que perpassa o universo e que é prevista pela teoria do big-bang, poderia ser a prova mais convincente desta teoria, que ainda não é aceita por todos os astrônomos e físicos. Um pequeno grupo acredita que o Universo é eterno, isto é, não teve começo e nem terá fim. É a teoria do estado constante. A fé não aceita esta teoria, pois a eternidade do Universo faria dele um Absoluto, um Deus. Só Deus é eterno; só Deus não teve começo e não terá fim. O eterno é perfeito; não evolui, como o Universo evolui, teve início e terá fim. 

Para os físicos modernos, a melhor explicação da origem do universo está na teoria do Big Bang, que tem sido estudada exaustivamente; e a Igreja não a desaprova, desde que se considere o que foi dito acima. 



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Prof. Felipe Aquino - Do livro Ciência e Fé em Harmonia
Fonte: http://www.cleofas.com.br/ver_conteudo.aspx?m=doc&cat=96&scat=177&id=3903

Tema: "Amor"

Sentir-se amado para amar.

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Programa de 16/02/2011. 

Neste vídeo Padre Fábio de Melo canta a música "Cuidas de mim", e fala sobre a experiência do cuidado e do amor de Deus por nós, nos fazendo refletir sobre as várias formas equivocadas de interpretar este amor, que muitas vezes fazemos. 

Invocar a João Paulo II é efetivo contra o diabo, diz famoso exorcista

Pe. Gabriele Amorth em seu pequeno escritório em Roma Roma, 18 Mai. 11 / 02:22 pm (ACI/EWTN Noticias)
O Pe. Gabriele Amorth, sacerdote exorcista da diocese de Roma (Itália) e um dos mais conhecidos do ramo, assinalou à agência AC Prensa que o agora Beato Papa João Paulo II se converteu, nos últimos anos, em um poderoso intercessor na luta contra o demônio.
O Pe. Amorth tem 86 anos de idade e 70 000 exorcismos em seu experiência. O primeiro que disse na entrevista é que “o mundo deve saber que Satanás existe”.
Em seu pequeno e singelo escritório na zona sudeste de Roma onde realizou milhares de exorcismos, o sacerdote contou que às vezes invoca a ajuda de Santos homens e mulheres, entre os quais destaca João Paulo II, beatificado pelo Papa Bento XVI no último passado 1º de maio em Roma ante um milhão e meio de fiéis.
Durante os exorcismos, contou o sacerdote à agência em espanhol do grupo ACI, a ACI Prensa, “perguntei ao demônio mais de uma vez: ‘por que João Paulo II te dá tanto medo?’ E tive duas respostas distintas, ambas interessantes”.
“A primeira foi: ‘porque ele desarmou meus planos’. E acredito que com isso se refere à queda do comunismo na Rússia e na Europa do Leste. O colapso do comunismo”.
“Outra resposta que o demônio me deu foi ‘porque arrebatou a muitos jovens de minhas mãos’. Há muitos jovens que, graças a João Paulo II, converteram-se. Talvez alguns já eram cristãos mas não praticantes, e logo com João Paulo II voltaram para a prática”.
Ao ser perguntado sobre o intercessor mais efetivo de todos, o Pe. Amorth respondeu à ACI Prensa sem duvidar: “é obvio que a Virgem é a mais efetiva. E quando é invocada como Maria!”
“Uma vez perguntei a Satanás. ‘mas por que te assusta mais quando invoco a Nossa Senhora que quando invoco a Jesus Cristo?’ Respondeu ‘porque me humilha mais ser derrotado por uma criatura humana que ser derrotado por Ele”.
O sacerdote disse também que é importante a intercessão dos que ainda vivem através da oração. Os cristãos podem rezar pela liberação de uma alma, um dos três elementos que ajudam neste processo aos que se somam a fé e o jejum.
“O Senhor deu (aos Apóstolos) uma resposta que também é muito importante para nós os exorcistas. Disse que para vencer o demônio se necessita muita fé, muita oração e muito jejum: Fé, oração e jejum”.
O Pe. Amorth disse ademais que na luta contra o demônio é necessária “especialmente a fé, necessita-se muita fé. Muitas vezes também nas curas, Jesus não diz no Evangelho sou eu quem te curei. Diz, no entanto, você está curado por sua fé. Quer fé nas pessoas, uma fé forte e absoluta. Sem fé não pode fazer nada”.
O sacerdote membro da Sociedade de São Paulo explicou logo à ACI Prensa que “o diabo e os demônios são muitos e têm dois poderes: os ordinários e os extraordinários”.
“O poder ordinário é a capacidade de tentar o homem para distanciá-lo de Deus e levá-lo ao inferno. Esta ação se realiza contra todos os homens e as mulheres de todo lugar e religião”.
Sobre os poderes extraordinários, o Pe. Amorth indicou que estes se concentram em uma pessoa específica e existem quatro tipos:
“A possessão demoníaca para a qual se requer um exorcismo, o vexame demoníaco, como o que sofreu em reiteradas ocasiões o Santo Padre Pio de Pietrelcina que era golpeado fisicamente pelo demônio; as obsessões que levam a pessoa ao desespero; e a infestação, que é quando o demônio ocupa um espaço, um animal ou inclusive um objeto”.
O sacerdote alertou que estes fatos são pouco freqüentes mas estão em aumento. Também manifestou à nossa agência ACI Imprensa sua preocupação pela cada vez maior quantidade de jovens que são afetados por Satanás através das seitas, as sessões de espiritismo e as drogas. Apesar disso não se desalenta.
“Com Jesus Cristo e Maria, Deus nos prometeu que nunca permitirá tentações maiores que nossas forças”, assinalou.
Finalmente na entrevista o Pe. Amorth propôs uma breve guia a ser tomada em conta na luta contra Satanás:
“As tentações do demônio são vencidas sobretudo evitando as ocasiões, porque o demônio sempre procura nossos pontos mais fracos. E logo, com a oração. Nós os cristãos temos uma vantagem porque temos a Palavra de Deus, temos a oração e podemos rezar ao Senhor”, concluiu.

Fonte: http://blog.bibliacatolica.com.br/santos-da-igreja/invocar-a-joao-paulo-ii-e-efetivo-contra-o-diabo-diz-famoso-exorcista/

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do amigo - 20 de Julho

Em homenagem ao Dia do amigo disponibilizamos um vídeo onde se fala de amigos.

Amigo é aquele que está conosco mesmo quando não temos mais utilidade nenhuma.

"Bons amigos são aqueles que se emprestam."

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Programa de 04/06/2009. 

Neste vídeo Padre Fábio de Melo fala sobre o poder da amizade, nos lembrando que o cristianismo nasceu de um grupo de amigos, Jesus soube ser verdadeiramente humano, sua palavra os unia de tal forma que seus amigos se dispuseram a dar a vida por esta Palavra de amor, fazendo nascer o cristianismo. Padre Fábio nos lembra também que o fato de sermos cristãos nos impele a ser como Jesus, o tempo que temos com nossos amigos precisa ser usado para amar, pois é este amor que nos move a mudar o mundo.



sexta-feira, 15 de julho de 2011

Cenas que entraram para a História

Vídeo emocionante!!! 

Jovem envolvido em confusão em Lan House acaba sendo morto. Morava próximo ao local do assassinato, seu cão de estimação veio prestar suas últimas homenagens ao dono, comovendo populares ao se deitar por cima do lençol que cobria o corpo e ali permanecer horas a fio, ignorando a presença de peritos e até de um policial que estupidamente ameaçou atirar uma pedra para espantá-lo.


Primeira foto tirada na história.

Papa João Paulo II beijando o solo brasileiro.

Papa João Paulo II, instantes antes de ser atingido por um disparo. Na foto aparece a pistola na mão de Mehmed Ali Agca. Praça de São Pedro, 13/5/1981.

João Paulo II foi atingido na mão esquerda, no abdómen, e no braço direito, mas as balas não chegaram a atingir órgãos vitais. O papa conversou com Ağca na prisão de Rebibbia em 1983, e segundo relatos, falou à mãe do mesmo para tranquilizá-la:-"Fique calma pois já perdoei seu filho".

Velório do Papa João Paulo II.


Corcovado, onde futuramente seria construído a imagem do Cristo Redentor no Rio de Janeiro.

Construção do Cristo Redentor no Rio de Janeiro.

Construção do Santuário de Aparecida.

Raiva emburrece

                                 Baixe também em MP3 clicando aqui.

Programa de 11/03/2010.

Neste vídeo Padre Fábio de Melo fala sobre a raiva, dizendo que ela nos emburrece, pois quando nos deixamos tomar por ela, tomamos decisões e dizemos coisas que magoam as pessoas, e que certamente não faríamos se estivéssemos sem raiva. Padre Fábio alerta que nos dias de hoje nos entregamos mais facilmente à raiva pelo fato de estarmos muito estressados, devido ao nosso ritmo de vida; e o pior é que muitas vezes colocamos as crianças em situações semelhantes, enchendo-as de atividades e deixando-as cansadas, os pais precisam ter cuidado com isto.

Este é o texto lido por Pe. Fábio no início do vídeo:

Alguns escritos orientais dizem que uma pessoa evoluída conserva sua raiva por um minuto; uma pessoa comum conserva-a por meia hora e uma pessoa ainda não evoluída conserva sua raiva por um dia e uma noite. Mas uma pessoa cheia de mágoas lembra-se de sua raiva até morrer.
É humano sentir raiva, faz parte da vida, mas devemos esquecê-la rapidamente. Não devemos alimentá-la nos lembrando dela, nem remoendo acontecimentos passados, porque a raiva causa uma grande inquietude interior.
Somos as primeiras vítimas da raiva que sentimos. Ela nos queima por dentro, tirando nossa paz; obscurece nossos pensamentos, distorce nossas percepções.
A raiva acumulada, guardada um pouco aqui e ali, nos prejudica muito e nos afasta de Deus, de nossa verdadeira essência, de nossa bondade e compaixão.
As pessoas pensam que alguém ou algo lhes provoca raiva, mas essa raiva já existe dentro delas, é criada e mantida por elas. Se você sente raiva, não pode culpar a ninguém a não ser você mesmo.
Seis tipos de pessoas são tristes: Aquelas que têm inveja dos outros, Aquelas que odeiam os outros, Aquelas que estão descontentes, Aquelas que vivem da fortuna dos outros, Aquelas que são desconfiadas, e Aquelas que têm raiva.
Verdadeiramente, é a raiva que produz as outras cinco condições que causam a tristeza. E esta raiva assume muitas formas, muitas facetas como: aflição, ressentimento, contrariedade, mau humor, aspereza, animosidade, explosões de raiva, ira, rancor, crises de choro e soluço. Muitas vezes, as lágrimas não são sinais de fraqueza, mas a força da raiva.
A raiva envenena corpo e mente. Ataques de raiva e de mau humor produzem danos sérios nas células do cérebro, envenenam o sangue, causam insônia, depressão e pânico; suprimem a secreção dos sucos gástricos e da bílis nos canais digestivos, criando gastrites e úlceras, esgotam a energia e vitalidade, causam problemas cardíacos, provocam velhice prematura e encurtam a vida. Quando você se zanga sua mente fica perturbada e isto reflete em seu corpo que sente distúrbios. Todo o sistema nervoso se agita e você se enerva, perdendo a harmonia, a eficiência de agir, o vigor e o entusiasmo. A raiva é uma energia poderosa que precisa ser dissolvida para que você possa ser mais livre e saudável.
Colocar a raiva para fora apenas agrava esta emoção negativa e a faz crescer ainda mais. Se deixarmos isto sem controle, expressando nossa raiva cada vez mais, ela não vai se reduzir e sim aumentar, gerando mais dor e inquietude para nós.

Fonte: http://direcaoespiritual.blogspot.com/2010/03/raiva-emburrece.html

Por que não dizemos o "amém", quando rezamos o Pai-Nosso na Missa?

O amém, na Santa Missa, não é dito assim que termina o Pai-Nosso porque suas petições continuam em sequência. O pedido final do Pai Nosso, "mas livrai-nos do mal", se estende numa ardente súplica pela libertação do mal e pela paz:

"Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo Salvador. Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: “Eu vos deixo em paz, eu vos dou a minha paz”. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo".
Neste momento toda a Igreja proclama: AMÉM!
Os primeiros relatos da oração do Senhor advêm do século IV. A introdução do Pai-Nosso na liturgia vem por motivos de preparação para a sagrada comunhão. Em muitas outras liturgias, principalmente nas do oriente como também em algumas liturgias do ocidente, não romanas, o Pai-Nosso era rezado depois da fração da hóstia. A forma tal qual a conhecemos, ou seja, sua recitação após a oração eucarística remonta ao papa São Gregório Magno (Pontificado 590 – 604). Para ele, a oração do Pai–Nosso na sua primeira parte era a síntese das principais partes do cânon.
O Pai-Nosso é tido com estreita ligação com a comunhão. Alguns Papas, bem como alguns Padres da Igreja e alguns santos, relacionaram o pedido acerca do “pão nosso” ao pedido da eucaristia. Pois o próprio Senhor, que está realmente presente na eucaristia, se intitulou o pão do céu. Vale dizer também que a recitação do Pai-Nosso acompanha toda a vida da Igreja, mesmo quando não celebra alguma ação litúrgica. Como por exemplo, na Igreja primitiva em que a eucaristia era tomada na casa dos fieis ou então a sua distribuição aos enfermos. Logo, percebemos que antes do Pai-Nosso ter sua ligação com a missa propriamente dita, tem sua ligação com a distribuição da eucaristia como preparação para a mesma.
A recitação do Pai-Nosso é um ato de ousadia (audemus – ousamos). Afinal, o ser humano que é pó e ao pó há de retornar dirige-se ao criador como sendo seu filho. É edificante notar que na Igreja primitiva a oração do Pai-Nosso era dita apenas pelos batizados. Contudo, o que nos leva a ousar chamar a Deus de Pai é o próprio mandato de Cristo Senhor “Quando orardes, dizei:” (Lc 11,2).

Escrito por Sem. Marcelo de Araújo Pinheiro  
Fonte: http://curiosidadescatolicas.blogspot.com/

Por que os padres não se casam?

Ou melhor: Por que o celibato do sacerdote?
O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes.
Jesus Cristo é o verdadeiro sacerdote e foi celibatário; então, a Igreja vê n'Ele o modelo do verdadeiro sacerdote que, pelo celibato, se conforma ao grande Sacerdote. Jesus deixou claro a Sua aprovação e recomendação ao celibato para os sacerdotes, quando disse: “Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda” (Mateus 19,12).
Nisso Cristo está dizendo que os sacerdotes devem assumir o celibato, como Ele o fez, “por amor ao Reino de Deus”. O sacerdote deve ficar livre dos pesados encargos de manter uma família, educar filhos, trabalhar para manter o lar; podendo assim dedicar-se totalmente ao Reino de Deus. É por isso que, desde o ano 306, no Concílio de Elvira, na Espanha, o celibato se estendeu por todo o Ocidente, até que em 1123 o Concílio universal de Latrão I o tornou obrigatório.
É preciso dizer que a Igreja não impõe o celibato a ninguém; ele deve ser assumido livremente e com alegria por aqueles que têm essa vocação especial de se entregar totalmente ao serviço de Deus e da Igreja. É uma graça especial que o Senhor concede aos chamados ao sacerdócio e à vida religiosa. Assim, o celibato é um sinal claro da verdadeira vocação sacerdotal.
No início do Cristianismo a grandeza do celibato sacerdotal ainda não era possível; por isso São Paulo escreve a Timóteo, que o grande Apóstolo colocou como bispo de Éfeso, dizendo: “O epíscopo ou presbítero deve ser esposo de uma só mulher” (1Tm 3, 2). Estaria, por isso, o padre hoje obrigado a se casar? Não. O Apóstolo dos gentios tinha em vista uma comunidade situada em Éfeso, cujos membros se converteram em idade adulta, muitos deles já casados. Dentre esses o Apóstolo deseja que sejam escolhidos para o sacerdócio homens casados (evitando os viúvos recasados). Já no ano 56, São Paulo, que optou pelo celibato, escrevia aos fiéis de Corinto (cf. 1Cor 7,25-35) enfatizando o valor do celibato: “Aos solteiros e às viúvas digo que lhes é bom se permanecessem como eu. Mas se não podem guardar a continência que se casem” (1Cor 7,8). “Não estás ligado a uma mulher? Não procures mulher”. São Paulo se refere às preocupações ligadas ao casamento (orçamento, salário, educação dos filhos...). E enfatiza:
“Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar à esposa, e fica dividido. Da mesma forma a mulher não casada e a virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e de espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura como agradar ao marido”. “Procede bem aquele que casa sua virgem; aquele que não a casa, procede melhor ainda” (1Cor 7, 38). A virgindade consagrada e o celibato não tinham valor nem para o judeu nem para o pagão. Eles brotam da consciência de que o Reino já chegou com Jesus Cristo.
O último Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia confirmou o celibato e o Papa Bento XVI expressou isso na Exortação Apostólica pos-sinodal “Sacramentum Caritatis”, de 22 fev 2007. Disse o Sumo Pontífice:
“Os padres sinodais quiseram sublinhar como o sacerdócio ministerial requer, através da ordenação, a plena configuração a Cristo... é necessário reiterar o sentido profundo do celibato sacerdotal, justamente considerado uma riqueza inestimável e confirmado também pela prática oriental de escolher os bispos apenas de entre aqueles que vivem no celibato (...) Com efeito, nesta opção do sacerdote encontram expressão peculiar a dedicação que o conforma a Cristo e a oferta exclusiva de si mesmo pelo Reino de Deus. O fato de o próprio Cristo, eterno sacerdote, ter vivido a sua missão até ao sacrifício da cruz no estado de virgindade constitui o ponto seguro de referência para perceber o sentido da tradição da Igreja Latina a tal respeito. Assim, não é suficiente compreender o celibato sacerdotal em termos meramente funcionais; na realidade, constitui uma especial conformação ao estilo de vida do próprio Cristo. Antes de mais, semelhante opção é esponsal: a identificação com o coração de Cristo Esposo que dá a vida pela sua Esposa. Em sintonia com a grande tradição eclesial, com o Concílio Vaticano II e com os Sumos Pontífices meus predecessores, corroboro a beleza e a importância duma vida sacerdotal vivida no celibato como sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus, e, consequentemente, confirmo a sua obrigatoriedade para a tradição latina. O celibato sacerdotal, vivido com maturidade, alegria e dedicação, é uma bênção enorme para a Igreja e para a própria sociedade” (n.24).
O Mahatma Ghandi, hindu, tinha grande apreço pelo celibato. Ele disse: “Não tenham receio de que o celibato leve à extinção da raça humana. O resultado mais lógico será a transferência da nossa humanidade para um plano mais alto... “Vocês erram não reconhecendo o valor do celibato: eu penso que é exatamente graças ao celibato dos seus sacerdotes que a Igreja católica romana continua sempre vigorosa” (Tomás Tochi, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed. Mundo 3, SP, pp. 105ss,1974).
Alguns querem culpar o celibato pelos erros de uma minoria de padres que se desviam do caminho de Deus. A queda desses padres no pecado não é por culpa do celibato, e sim por falta de vocação, oração, zelo apostólico, mortificação, etc; tanto assim que a maioria vive na castidade e por uma longa vida. Quantos e quantos padres e bispos vivendo em paz e já com seus cabelos brancos!
O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes. Não nos iludamos, casados, eles teriam todos os problemas que os leigos têm, quando se casam. O primeiro é encontrar, antes do diaconato, uma mulher cristã exemplar que aceite as muitas limitações que qualquer sacerdote tem em seu ministério. Essa mulher e mãe teria de ficar muito tempo sozinha com os filhos. Depois, os padres casados teriam de trabalhar e ter uma profissão, como os pastores protestantes, para manter a família. Quantos filhos teriam? Certamente não todos que talvez desejassem. Teriam certamente que fazer o controle da natalidade pelo método natural Billings, que exige disciplina. A esposa aceitaria isso?
Além disso, podemos imaginar como seria nocivo para a Igreja e para os fiéis o contratestemunho de um padre que por ventura se tornasse infiel à esposa e mãe dos seus filhos! Mais ainda, na vida conjugal não há segredos entre marido e mulher. Será que os fiéis teriam a necessária confiança no absoluto sigilo das confissões e aconselhamentos com o padre casado? Você já pensou se um dos filhos do padre entrasse pelos descaminhos da violência, da bebedeira, das drogas e do sexo prematuro, com o possível engravidamento da namorada?
Tudo isso, mas principalmente a sua conformação a Jesus Cristo, dedicado total e exclusivamente ao Reino de Deus, valoriza o celibato sacerdotal. 


Felipe Aquino
 
felipeaquino@cancaonova.com

Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A diferença entre amar e estar apegado

Na Carta de São Paulo aos Gálatas, capítulo 4, versículos 1 a 20, é apresentado o princípio fundamental de tudo aquilo que Jesus anunciou no Seu tempo. Para ser de Deus é preciso ser livre, é preciso estar livre de todas as amarras que nos aprisionam. São Paulo percebeu que os gálatas, em vez de caminharem no processo de liberdade, estavam voltando às amarras das idolatrias do passado. Eles tinham a ideia equivocada de que o cumprimento da lei era o mais importante para a salvação, no entanto, o Senhor nos diz que a lei pode nos escravizar. A primeira cura que Jesus proporcionava não era física, mas mental, pois é nossa mentalidade que precisa ser transformada primeiro.

Jesus foi tomando consciência de quem Ele era e é bonito perceber que todas as pessoas que estavam ao redor d'Ele O foram ajudando a reconhecer quem Ele era.
Tomar consciência de quem se é, é um processo de maturidade. A psicologia humana, por exemplo, nos ensinava que uma criança só poderia ir à escola a partir dos 7 anos, pois somente nesse estágio de maturidade cerebral é que ela poderia aprender. Por isso não adianta falarmos com criança do mesmo jeito que falamos com adultos, pois elas não compreendem nossa conversa [como eles].

Muitas vezes, na evangelização, nós precisamos usar desses métodos para que todos compreendam. É como um médico que vai dizer um diagnóstico ao paciente e tem que usar de linguagem simples, pois senão a pessoa não entende. Da mesma forma, nós evangelizadores temos que nos fazer entender para que possamos entrar no universo do outro. Muitas vezes, nós estamos surdos e não compreendemos o que Deus nos fala porque falta abrir nossa mentalidade para Ele.
Há muito tempo, eu vivi um processo de dependência afetiva e aquilo me fazia mal, pois por causa da pessoa de quem eu tinha essa dependência, eu era menos eu. Um padre rezou por mim e disse sentir que havia uma pessoa que fazia muito mal para mim e me pediu que eu apenas rezasse por ela e não ficasse próximo dela. Muitas vezes, nós dizemos que esta ou aquela pessoa precisa de nós e, na verdade, somos nós que precisamos dela.

Ser gente dá trabalho, ser gente significa você estar comprometido com seu processo humano e com o processo de quem está ao seu redor e se você for gente você será um problema a menos na vida dos outros. Quantas vezes na vida uma família vira um inferno porque alguém lá dentro decidiu ser um molambo e não faz esforço nenhum para ser gente, nem aproveita a liberdade. Quantas vezes nós sofremos demais por situações que não são nossas.
Nós não podemos viver uma pobreza espiritual a vida inteira, sem ter alguém com quem contar, porque o outro resolveu ser um molambo.
O processo da imaturidade pode se estender pela vida inteira, quando eu olho para o mundo e me vejo como um coitado, isso não é maturidade, é um infantilismo que não nos leva a nada. A criança, por exemplo, passa por um processo egoístico e se nós não ensinarmos que ela tem de dividir o que tem, ela não aprenderá; se não dermos as regras à medida que ela consegue compreender, estaremos criando um monstro em casa. Se não as ensinarmos como lidar com a vida, a vida será duas vezes pior para elas e para nós também. O casal que educa o filho a partir dos ensinamentos divinos, vai dar ao mundo uma pessoa mais preparada.

Há uma grande diferença entre amar e estar apegado: o amor nos dá aquele sentimento de liberdade, enquanto que o apego nos aprisiona e pensamos que as pessoas devem agir da forma que queremos. O amor é livre! Quando estou apegado a alguém ou a alguma realidade, eu faço do outro meu escravo.

Se eu uso minha presença e minha autoridade para pôr medo no outro, eu não vivo em liberdade. Há momentos em que precisamos reconhecer que não estamos sendo livres; e se não estamos sendo livres não fazemos os outros livres também. Por essa razão, precisamos ter a consciência de que forma escravizamos o outro e de que forma somos escravizados para que possamos caminhar no processo de amadurecimento de nossas vidas.

Eu tenho certeza de que você precisa romper com os apegos, pois apegado ninguém vai a lugar nenhum; para ter liberdade você precisa se livrar dos apegos interiores. Quantos casais vivem essa realidade [apego] e não têm coragem de olhar nos olhos um do outro e acertar os pontos para que sejam livres e vivam bem seu relacionamento. Entregue nas mãos do Senhor todas as situações e coisas que o aprisionam!

Pe. Fábio de Melo.

Fonte:  http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=12150

terça-feira, 12 de julho de 2011

Tema: "Homossexualidade"

                                 Baixe também em MP3 clicando aqui.

Programa de 22/01/2009.
Vídeo: "Lidando com a homossexualidade."

Neste vídeo Padre Fábio de Melo responde uma carta de uma mãe que pergunta como lidar com o homossexualismo em casa, dizendo que a melhor forma de lidar com alguém que sofre com a homossexualidade é continuar amando-a, sem restrições, senão corre-se o risco de perdê-la por causa de acusações e desrespeito que não ajudam em nada. Para os que têm tendência homossexual, a melhor opção a fazer é viver a castidade, evitando relacionamentos homossexuais. A família tem um papel importantíssimo para fazer com que a pessoa continue a se sentir amada e querida, principalmente ao olhar para ela com olhos de misericórdia, sem condenações. É importante compreender a diferença entre a homossexualidade, que consiste em um comportamento involuntário da pessoa, do homossexualismo, que é algo que vai a natureza humana e contra o Evangelho, pois consiste em uma prática consciente, e que prega o livre estabelecimento de relações homossexuais.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

1º Retiro de Cura da Afetividade e Sexualidade

             Momento de muita unção e emoção marcam a manhã do retiro.

Com o tema, "Vós sois templo do Espírito Santo", a Paróquia Nossa Senhora da Assunção, daqui de nossa cidade de Porteirinha, juntamente com o Grupo de Oração Éfeta e alguns jovens católicos, realizaram neste final de semana (10/07) o 1º retiro voltado para temas envolvendo a vida afetiva e sexual de jovens e adultos.
                                                             
                    Assista um trecho da última pregação feita por Eudes


  
Realizada na Escola Estadual Neco Lopes,  jovens e adultos de várias comunidades compareceram ao local.

                                Pregador Eudes, da Diocese de Araçuaí.

Esteve presente também jovens e pregadores da Comunidade Sede Santos, da cidade de Rio Pardo de Minas.

               Flamarion, Comunidade Sede Santos, de Rio Pardo de Minas.
Após um domingo inteiro de retiro, jovens e adultos, namorados e casados, saíram deste local renovados, dispostos a voltar pra suas lutas diárias.

sábado, 9 de julho de 2011

Tema: "Sofrimento"

                                          Baixe em MP3 clicando aqui

Programa de 06/07/2011.
Neste vídeo Padre Fábio de Melo inicia o programa cantando a música "Não desista do amor", e reflete sobre a dificuldade de ser cristão, que constantemente precisamos nos convencer a não desistir do amor, pois a proposta de Jesus não é fácil, Ele não nos apresenta uma porta larga, é uma porta estreita, mas que nos leva ao amor verdadeir.

Fonte: http://direcaoespiritual.blogspot.com/

Namoro e sexo

Por que o namoro não é o tempo de viver a vida sexual? Qual o sentido do sexo ? O sexo tem duas dimensões, finalidades: unitiva e procriativa. Deus fez do casal humano "a nascente da vida", disse o Papa Paulo VI; e assim deu ao homem a missão de gerar e educar os filhos. Nenhuma outra é mais nobre do que esta. Se é belo construir casas, carros, aviões ..., mais belo ainda é gerar é educar um ser humano, imagem e semelhança de Deus. Nada se compara à missão de ser pai e mãe. Um dia os computadores vão deixar de calcular, os carros de rodar, os aviões de voar... mas jamais o ser humano acabará, pois tem uma alma imortal. Na aurora da humanidade Deus disse ao casal: "multiplicai-vos". "A dualidade dos sexos foi querida por Deus, para que o homem e a mulher, juntos, fossem a imagem de Deus", disse certa vez o Papa Paulo VI. É através da atividade sexual que o casal se multiplica e se une profundamente; isto é um desígnio de Deus. O ato sexual é o ato "fundante" da geração do filho, porque é por ele que a doação amorosa do casal acontece.

É por isso que a Igreja não aceita outra maneira de gerar a vida humana. Por outro lado, a relação sexual une o casal mais fortemente. Há muitas maneiras de se manifestar o amor: um gesto atencioso, uma palavra carinhosa, um presente, uma flor, um telefonema..., mas a mais forte manifestação de amor entre o casal, é o ato sexual. Ali cada um não apenas dá presentes ao outro, nem só palavras, mas se dá ao outro fisicamente e espiritualmente. Ora, você só pode entregar a sua intimidade profunda a alguém que o ama e que tem um compromisso de vida com você. Qual é a diferença entre o sexo no casamento, realizado com amor e por amor, e a prostituição? É o amor. Se você tirar o amor, o sexo se transforma em prostituição, comércio. Já chegaram até ao absurdo de querer legalizar a "profissão" de prostituta. Aquele que tem uma relação sexual com a prostituta está preocupado apenas com o prazer, e não tem qualquer compromisso com ela. Acabada a relação, paga e vai embora. Não importa se amanhã esta mulher está grávida, doente, ou passando fome, não lhe interessa, ele pagou pelo "serviço". Veja, isto é sexo sem amor, sem compromisso de vida, sem uma aliança. É o desvirtuamento do sexo, a prostituição. No plano de Deus o sexo é diferente, é manifestação do amor conjugal; é uma verdadeira liturgia desse amor, cujo fruto será o filho do casal.

Na fusão dos corpos se celebra profundamente o amor de um pelo outro: a compreensão recíproca, a paciência exercida, o perdão dado, o diálogo mantido, as lágrimas derramadas... é a festa do amor conjugal. Por isso é o ato fundante da vida. O ato sexual vai muito além de um mero ato físico; a união dos corpos sinaliza a união dos corações e dos espíritos pelo amor. Não deveriam se unir fisicamente aqueles casais que não tivessem os corações unidos. É por causa disto que há tanto desastre na vida sexual de certos casais; unem os corpos sem unir as almas. Nesta "festa" do amor conjugal, o casal se une fortemente, e no ápice do seu prazer, Deus quis que o filho fosse gerado. Assim, ele não é apenas carne e sangue dos seus pais, mas amor do seu amor. É por isso que a Igreja ensina que o ato sexual, para não ser desvirtuado, deve sempre estar aberto à geração da vida, sem que isto seja impedido por meios artificiais. Ora, se o ato sexual gera a vida de um novo ser humano, ele precisa ser acolhido em um lar pelos seus pais. É um direito da criança que vem a este mundo. Nem o namoro, nem o noivado oferece ainda uma família sólida e estável para o filho. Não existe ainda um compromisso " até que a morte os separe". É por isso que o sexo não deve ser vivido no namoro e no noivado. Ao contrário do que acontece hoje comumente, a última entrega ao outro deveria ser a do próprio corpo, só depois que os corações e as vidas estivessem unidas e compromissadas por uma "aliança" definitiva. Se você apanhar e comer uma maçã ainda verde, ela vai fazer mal a você, e se estragará. Se você viver a vida sexual antes do casamento, você só terá problemas e não alegrias.

O sexo é belo e puro quando vivido segundo a lei de Deus; todos nós viemos ao mundo por ele. Se ele fosse sujo, a criança recém nascida não seria tão bela e inocente. O que deturpa o sexo é o seu uso antes ou fora do casamento. O livro do Gênesis assegura que ao criar todas as coisas Deus "viu que tudo era bom" (Gen. 1,25). Portanto, tudo o que Deus fez é belo, também o sexo. O mal, muitas vezes, consiste no uso mau das coisas boas. Por exemplo, uma faca é uma coisa boa; sem ela a cozinheira não faz o seu trabalho. Mas, se um criminoso usar a faca para tirar a vida de alguém, nem por isso a faca se torna má. Não. O mal é o uso errado que se fez dela. Da mesma forma o sexo é algo criado por Deus e maravilhoso. No plano de Deus a vida sexual só tem lugar no casamento. São Paulo há dois mil anos já ensinava aos Coríntios: "A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa" (1 Cor 7,4). O Apóstolo não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado, e nem que o corpo da noiva pertence ao noivo. A união sexual só tem sentido no casamento, porque só ali existe um "comprometimento" de vida conjugal, vida a dois, onde cada um assumiu um compromisso de fidelidade com o outro para sempre. Cada um é "responsável pelo outro" até a morte, em todas as circunstâncias fáceis e difíceis da vida.

Sem este "compromisso de vida" o ato sexual não tem sentido, e se torna vazio e perigoso. As conseqüências do sexo vivido fora do casamento são terríveis: mães e pais solteiros; filhos abandonados, ou criados pelos avós, ou em orfanatos. Muitos desses se tornam os "trombadinhas" e delinqüentes que cada vez mais enchem as nossas ruas, buscando nas drogas e no crime a compensação de suas dores. Quantos abortos são cometidos porque busca´se apenas egoisticamente o prazer do sexo, e depois elimina´se o fruto, a criança! Só no Brasil são 4 milhões por ano. Quatro milhões de crianças assassinadas pelos próprios pais! As doenças venéreas são outro flagelo do sexo fora do casamento. Ainda hoje convivemos com os horrores da sífilis, blenorragia, cancro, sem falar do flagelo moderno da AIDS. Por causa dessa desvalorização da vida sexual, e da sua vivência de modo irresponsável e sem compromisso, assistimos hoje esse triste espetáculo de milhões de meninas adolescentes de 12 a 15 anos, grávidas.

A nossa sociedade é perversa e irresponsável. Incita o jovem a viver o sexo de maneira precoce e sem compromissos, e depois fica apavorada com a tristeza das meninas grávidas. Isto é fruto da destruição da família, do chamado "amor livre", e do comércio vergonhoso que se faz do sexo através da televisão, dos filmes eróticos, das revistas pornográficas e, agora, até através do telefone e da internet. Como não acontecer que milhões de jovens - quase meninas - fiquem grávidas? Quando se põe fogo na palha seca, é claro que ela queima ... E o que serão dessas crianças criadas por essas meninas, sem o pai ao lado, sem uma família que a acolha amanhã? Muitos jovens viciados no "crack" e nas drogas, assaltantes e ladrões, estão nesta vida porque faltaram´lhes os pais, faltou uma família. Veja jovem, quanta tristeza causa o sexo fora e antes do casamento. Quantos lares foram também destruídos por causa dos adultérios! Quantos filhos abandonados e carentes porque os pais viveram aventuras sexuais fora do casamento e se separaram! Não há hoje como negar que o triste espetáculo dos jovens carentes, abandonados, drogados, metidos na violência, no álcool e no crime, é fruto da destruição familiar, que acontece porque viveu´se o sexo fora do casamento. Quantos rapazes engravidaram a namorada, e tiveram de mudar totalmente o rumo de suas vidas! Às vezes são obrigados a deixar os estudos para trabalhar; vão morar na casa dos pais ... sem poderem constituir uma família como convém. Se você quiser formar uma família bem constituída, que lhe dê alegria e realização, então, "não passe o carro na frente dos bois". A sua futura família começa a ser bem edificada no seu namoro, não vivendo nele a vida sexual para não estragar os seus alicerces. É preciso dizer aqui que a parte que mais sofre com a vida sexual fora de lugar, é a mulher. A jovem, na sua psicologia feminina, não esquece os menores detalhes da sua vida amorosa. Ela guarda a data do primeiro encontro, o primeiro presente, etc., Será que ela vai esquecer a primeira relação sexual? É claro que não! Esta primeira relação deve acontecer num ambiente preparado, na lua de mel, onde a segurança do casamento a sustenta.

A vida sexual de um casal não pode ser começada de qualquer jeito, às vezes dentro de um carro numa rua escura, ou mesmo num motel, que é um antro de prostituição. Além do mais, quando o namoro termina, as marcas que o sexo deixou ficam no corpo da mulher para sempre. Para o rapaz tudo é mais fácil. Então, como é que você quer exigir da sua namorada o seu corpo, se você não têm um compromisso de vida assumido com ela, para sempre. Não é justo e nem lícito exigir o corpo de uma mulher antes de colocar uma aliança ´-prova de amor e de fidelidade - na sua mão esquerda. O namoro é o tempo de conhecer o coração do outro, e não o seu corpo; é o momento de explorar a sua alma, e não o seu físico. Para tudo tem a hora certa, onde as coisas acontecem com equilíbrio e com as bênçãos de Deus. Espere a hora do casamento, e então você poderá viver a vida sexual por muitos anos e com a consciência em paz, certo de que você não vai complicar a sua vida, a da sua namorada, e nem mesmo a da criança inocente.

A melhor proposta para o namoro é uma vida de castidade, que é a melhor preparação para o casamento. Sem dúvida, um casal de namorados que souber aguardar a hora do casamento para viver a vida sexual, é um casal que exercitou o autocontrole das paixões e saberá ser fiel um ao outro na vida conjugal. Também os noivos não estão aptos ainda para a vida sexual. O Catecismo da Igreja diz que : "Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus" (§ 2350). E ensina que a vida sexual é legítima e adequada aos esposos. "Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido". (CIC, 2362; GS, 49). Caro jovem, eu sei que esta proposta não é fácil, pois eu também passei por ela na minha juventude; mas eu quero dizer´lhe que é muito bela. Eu sei que o mundo lhe diz exatamente o contrário, pois ele não quer "entrar pela porta estreita" (Mt 7,14), mas que conduz à vida. Peço que você faça esta experiência: veja quais são as famílias bem constituídas, veja quais são os casamentos que estão estáveis, e verifique sob que bases eles foram construídos. Você verá que nasceram de casais de namorados que se respeitaram e não brincaram com a vida do outro.

Para você meditar: Filho de Rei
Senhor, Não há esbanjamento na criação? Os frutos não compensam o desperdício das sementes. As fontes espalham excessos de água. O sol derrama dilúvios de luz. Que a tua magnanimidade Me ensine a grandeza de alma! Que a tua magnificência Me livre de ser pequenino! Que, vendo-te pródigo, generoso e bom, Eu dê sem contar, Sem medir, Como Filho de Rei, Como filho de Deus!


Escolha
Usa com sabedoria teu poder de escolha.
Escolhe amar... em vez de odiar.
Escolhe rir... em vez de chorar.
Escolhe criar... em vez de destruir.
Escolhe perseverar... em vez de desistir.
Escolhe louvar... em vez de difamar.
Escolhe esconder... em vez de aparecer
Escolhe elogiar... em vez de criticar.
Escolhe aprender... em vez de ensinar.
Escolhe curar... em vez de ferir.
Escolhe dar... em vez de receber.
Escolhe perdoar... em vez de condenar.
Escolhe agir... em vez de desistir.
Escolhe sofrer... em vez de brigar.
Escolhe crescer... em vez de apodrecer.
Escolhe calar... em vez de impor.
Escolhe abençoar... em vez de amaldiçoar
Escolhe orar... em vez de desesperar.
Escolhe morrer... em vez de matar.
Escolhe crer... em vez de duvidar.
Escolhe perder... ao invés de roubar.
Escolhe chorar... em vez de ferir.


Do Livro: ''Namoro'', Prof. Felipe Aquino

Tema: "Aborto"

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Programa de 01/09/210.

Neste vídeo Padre Fábio de Melo atende a uma pessoa que pergunta como manter os valores cristãos no mundo profissional, que muitas vezes apresenta contradições para quem é cristão. Padre Fábio o orienta dizendo que o valor principal é a vida, se em algum momento a atividade profissional não estiver à favor da vida é porque alguma coisa está errada. Se necessário, deve-se inclusive mudar de emprego para fazer prevalecer o valor da vida.

Fonte: http://direcaoespiritual.blogspot.com/

Tema: "Depressão"

 
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Programa de 08/09/2010.

Neste vídeo Padre Fábio de Melo atende a uma pessoa que está sofrendo muito por causa da depressão da mãe, e não sabe mais o que fazer para ajudá-la. Padre Fábio a orienta que na depressão é preciso ter muito cuidado com a pessoa doente, mas ao mesmo tempo é preciso muita firmeza, para fazer com que ela se trate, tanto com medicamentos quanto com novas atitudes.

Fonte: http://direcaoespiritual.blogspot.com/

Podemos prestar culto aos Santos?

O culto dos Santos e a estima de suas relíquias são contestadas pelos protestantes; os discípulos de Lutero julgam haver nisto graves desvios doutrinários, que eles atribuem à Tradição católica. Mas essa prática é plenamente justificada pela Tradição cristã mais antiga, apoiada na Bíblia, desde o Antigo Testamento.
Com a certeza de que os Santos já estão no Céu, a Igreja, sempre assistida pelo Espírito Santo (cf Jo 16, 12-13), já nos seus primeiros tempos, começou a prestar veneração particular àqueles falecidos que tiveram uma vida confessando Jesus Cristo, especialmente pelo martírio.

O culto de veneração (não de adoração) dos Santos foi até o século XVI prática tranquila e óbvia entre os cristãos. Note bem, durante dezesseis séculos não houve contestação a esta prática. O Concílio de Trento (1545-1563) confirmou a validade e importância deste culto, ao mesmo tempo que ensinou a evitar abusos e mal-entendidos muitas vezes enraizados na religiosidade popular. Também o Concílio do Vaticano II (1963-65) reiterou esta doutrina, mostrando o aspecto cristocêntrico e teocêntrico do culto aos santos.

A comunhão entre os membros do povo de Deus não é extinta com a morte; ao contrário, o amor fraterno é liberto de falhas devidas ao pecado na outra vida, o que faz esta união mais forte.

 Deus, que gera esta comunhão, proporciona aos Santos no céu o conhecimento de nossas necessidades para que eles possam interceder por nós, como intercederiam se estivessem na Terra. Santa Terezinha do Menino Jesus, dizia que "passaria a sua vida na Terra"; isto é, viveria o Céu intercedendo pelos da Terra. Uma das orações eucarísticas da santa Missa diz que "os Santos intercedem no Céu por nós diante de Deus, sem cessar." Que maravilha!
Esta intercessão leva-nos mais a fundo dentro do plano de Deus, porque promove a glória de Deus e o louvor de Jesus Cristo, uma vez que os Santos são "obras-primas" de Cristo, que nos levam, por suas preces e seus exemplos, a reconhecer melhor a grandeza da nossa Redenção.

O culto aos Santos tem ao menos três sentidos profundos:

1 - dá glória a Deus, de quem os Santos são obras primas de sua graça; são Santos pela graça de Deus.
2 - suplicam a eles a sua intercessão por nós e pela Igreja;
3 - mostram-nos os Santos como modelos de vida a serem imitados uma vez que amaram e serviram a Deus perfeitamente.

É entranhada na teologia católica a devoção aos Santos, embora não seja obrigatória. Ela surge de uma perfeita compreensão do plano salvífico de Deus, especialmente quando se refere à Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens (cf. Jo 19,25-27).

Prof. Felipe Aquino

Imagens de Santos: Deus proíbe?

As Imagens dos Santos

A imagem é muito mais do que uma escultura, pode ser qualquer coisa que permite excitar a nossa vista: uma escultura, um desenho, uma pintura, um objeto. O dicionário do Aurélio trás uma ampla conceituação do que seja uma imagem, entre outras diz: "a representação gráfica, plástica ou fotográfica de pessoa ou de objeto".  A imagem pode estar em duas dimensões ou em três; no plano ou no espaço. Ela, sem precisar de palavra, consegue falar e sensibilizar as pessoas com muito mais facilidade do que muitas palavras. Elas por si mesmas carregam uma linguagem própria que nem sempre precisa excitar nossos ouvidos.
A própria Bíblia é uma imagem: as palavras impressas sobre o papel nada mais são do que símbolos gráficos que excitam os olhos resultando na imaginação responsável pela compreensão do texto. A Bíblia é a imagem da Palavra de Deus.
Muitos homens e mulheres se converteram por um simples olhar para uma imagem ou crucifixo mudos no interior de uma igreja. O próprio homem foi feito à "imagem e semelhança de Deus" (Gn 1,26-27). É por isso que se diz que "uma imagem vale mais do que mil palavras". Portanto, é lógico que não seria justo desprezar o recurso das imagens na evangelização, especialmente dos iletrados. 
É preciso explicar também o que seja um ídolo; não é simplesmente uma  imagem.
Ídolo é aquilo que:
1 - substitui o único e verdadeiro Deus;
2 - são-lhe atribuídos poderes exclusivamente divinos; e,
3 - são-lhe oferecidos sacrifícios devidos ao verdadeiro Deus.
 É o que os judeus antigos no deserto fizeram com o bezerro de ouro (cf. Ex 32). Este fato mostra bem o que é um ídolo. Porque Moisés demorava para descer do Monte Sinai, os hebreus fugitivos do Egito confeccionaram um bezerro em ouro, a quem cultuaram como se fosse o verdadeiro Deus.
"O povo reuniu-se em torno de Aarão e lhe disse: 'Vamos! Faze-nos deuses que caminhem à nossa frente...'. Aarão lhes disse: 'Tirai os brincos de vossas mulheres, vossos filhos e vossas filhas, e trazei-os a mim'. [...] Recebendo o ouro, ele o moldou com o cinzel e fez um bezerro fundido. Então eles disseram: 'Aí tens, Israel, os deuses que te fizeram sair do Egito!' [...] Levantando-se na manhã seguinte, ofereceram holocaustos e apresentaram sacrifícios pacíficos" (Ex 32,1b-2.4.6a).
 No culto de adoração ao bezerro, os hebreus atribuíram ao bezerro o milagre da fuga do Egito; assim o objeto de ouro passou a substituir o próprio Deus e por isso lhe são oferecidos sacrifícios devidos só a Deus.
Este culto prestado ao bezerro de ouro, um ídolo, não pode ser confundido nem de longe com as imagens cristãs. Elas não são imagens de ídolos, mas de pessoas ou de anjos, criaturas de Deus.
A Igreja Católica nunca afirmou que devemos "adorar" as imagens dos santos. Desde quando a Igreja atribui-lhes poderes de salvar a humanidade? Nunca a Igreja prestou-lhes um culto de adoração.
Note bem que a imagem é um objeto que apenas lembra algo fora dele; o ídolo, por outro lado, "é o ser em si mesmo". A quebra de uma imagem não destrói o ser que representa; já a destruição de um ídolo implica da destruição da falsa divindade.
Para Deus, e somente Deus, a Igreja presta um culto de  adoração ("latria"); nele reconhecemos Deus como Todo-Poderoso e Senhor do universo. Aos santos e anjos, a Igreja presta um culto de veneração ("dulia"); homenagem. A Nossa Senhora, por ser a Mãe de Deus, a Igreja presta um culto de "hiper-dulia", que não é adoração, mas hiper-veneração.
 A palavra "dulia" vem do grego "doulos" que significa "servidor". Dulia em português quer dizer reverência, veneração.    Latria é adoração; vem do grego "latreia" que significa serviço ou culto prestados a um soberano senhor. Em outras palavras, significa adoração. Veja, então não há como confundir o culto prestado a Deus com o culto prestado aos Santos.
Rogando aos Santos não os olhamos nem consideramos senão como nossos intercessores para com Jesus Cristo, que é o único Medianeiro (cf. 1Tm 2,4) que nos remiu com seu sangue, e por quem podemos alcançar a salvação.
Veneramos os santos, representados nas imagens, porque seus exemplos de vida nos servem de modelo de vida e nos indicam o verdadeiro caminho: Jesus Cristo (cf. Jo 14,6), único Mediador e Redentor da humanidade. Além disso, os santos intercedem por nós sem cessar diante de Deus. E mais, quando veneramos os santos, estamos dando glória a Deus porque eles são santos pela graça de Deus.
Se adorarmos uma criatura, criada por Deus ou pelo homem, ai sim estaremos cometendo o pecado da idolatria, severamente punido por Deus.
Por que Deus proibiu o uso de imagens de ídolos?
Isto se deu por causa das circunstâncias da história do povo judeu que vivia cercado de nações idólatras. Israel era atraído ao culto pagão das imagens e a mágica que as imagens provocavam. No entanto, Deus não proibia imagens simplesmente; mas imagens "de ídolos", deuses falsos.
Já mesmo no Antigo Testamento o próprio Deus prescreveu a confecção de imagens como querubins, serpente de bronze, leões do palácio de Salomão, etc. A própria Bíblia defende o uso de imagens como você pode verificar nessas muitas passagens: Ex 25,17-22; 37,7-9; 41,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,26-29.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7.10-14; 5,8; 1Sm 4,4; 2Sm 6,2; Sb 16,5-8; Ez 41,17-21; Hb 9,5... e mais.
É importante entender que Deus proibiu aos israelitas apenas a confecção de imagens e estátuas, de ídolos, porque na antigüidade facilmente se atribuía a esses objetos um caráter religioso; eram considerados pelos pagãos como símbolos em que a Divindade estava presente, ou como a Divindade mesma. 
Isto justifica a existência de um mandamento contra a idolatria: Israel estava cercada de nações pagãs, politeístas e idólatras; cultuava-se o sol, os astros, os crocodilos, os reis, os gatos, etc. O verdadeiro povo de Deus devia se afastar de tudo isso pois era monoteísta.
Assim, por causa dessa mentalidade dos povos que viviam ao lado de Israel, o uso de imagens acarretava perigo para a fé monoteísta dos hebreus. Manter a fé de Israel em um só Deus foi muito difícil porque eles viviam no meio de nações politeístas e eram atraídos pelo culto de muitos Deus. Lembremo-nos, por exemplo, da realidade dos inúmeros deuses dos romanos, dos gregos, dos babilônios, dos egípcios, dos assírios, caudeus, fenícios, etc.
Para evitar a confecção de imagens, Deus não tomava forma nem figura quando falava a Israel; apenas fazia notar a sua presença por meio de raios, trovões, etc. Desta maneira tirava do seu povo qualquer incentivo para fabricar alguma representação de Deus e Javé mostrou o motivo da proibição no texto de Dt 4,15, paralelo a Ex 20,4s:
"Estai atentos; já que não vistes forma nenhuma no dia em que Javé no Horeb vos falou em meio ao fogo, não prevariqueis e não façais imagem esculpida a representar o que quer que seja".
Os Profetas foram veementes na rejeição das imagens visto que, de fato, Israel tendia à idolatria;
"Não imiteis o procedimento dos pagãos; nem temais os sinais celestes, como os temem os pagãos, porquanto os deuses desses povos são apenas vaidade. São cepos abatidos na floresta, obra trabalhada pelo cinzel do artesão, decorada com prata e ouro. A golpes de martelo são-lhes fixados os pregos (e postos em seus lugares) para que não se movam. Assemelham-se esses deuses a uma estaca em campo de pepinos, que devem ser levados, pois não caminham. Não os temais, pois que vos não podem fazer mal, nem têm o poder de fazer o bem." ( Jr 10,2-5...)
"Que haveis de comparar a Deus? Que semelhança podereis produzir dele?" (Is 40,18)

O motivo pelo qual os antigos adoravam imagens era de ordem mágica; eles achavam que a imagem participava da essência do indivíduo representado; como se a imagem tivesse a mesma substância do indivíduo, como se fosse o próprio indivíduo. 
Assim, acreditavam que se conseguissem fazer a imagem de um deus, capturava esse deus ou exercia poder e domínio sobre ele; e prendia a força da divindade dentro da imagem; e assim poderiam dispor da ação poderosa da divindade. Daí o motivo pelo qual encontramos uma abundância de imagens e estátuas entre os povos antigos já citados.
Que fique bem claro portanto, que a proibição era de se fabricar imagens "de ídolos", deuses falsos, algo que a Igreja católica jamais fez ou incentivou. O profeta Isaias disse:
"Os que modelam ídolos nada são, as suas obras preciosas não lhes trazem nenhum proveito... Quem fabrica um deus e funde um ídolo que de nada lhe pode valer?... Com outra parte fez um deus e o adorou, fabricou um ídolo e se prostrou diante dele"... Com o resto faz um deus - o seu ídolo - prostra-se diante dele e o adora e lhe dirige súplicas: salva-me ..." (Is 44,9-17)
Veja, então, que o profeta está falando de imagens de "deuses falsos", ídolos para adorar.
A proibição de imagens no Antigo Testamento não era uma oposição entre o visível e o Invisível, entre o material e o espiritual, nem pretendia incutir um culto espiritualizado dirigido diretamente ao Invisível. 
A proibição das imagens dos ídolos estava relacionada diretamente a Javé e devia incutir que o Deus único era diferente dos deuses dos outros povos; estes podiam ser representados e fixados em imagens em determinado lugar, porque eram ficções dos homens; ao contrário, Javé era o único Deus e diferente dos deuses falsos; Ele se manifestava livremente onde e quando queria, infinitamente acima das forças e dos seres sensíveis, pois Ele é o Criador de todos.
No entanto, em certos casos, com todas as cautelas contra o perigo de idolatria, Deus não somente permitiu, mas mandou mesmo que se confeccionassem imagens sagradas, para fortalecer a piedade e o culto de Israel.
Por exemplo, quando o Senhor ordenou a fabricação da Arca da Aliança: por ordem explícita de Javé, Moisés colocou dois querubins de ouro sobre o Propiciatório da Arca, tendo as asas voltadas para o alto e as faces dirigidas para a placa sagrada de metal; era pelo Propiciatório assim configurado que Javé falava ao seu povo; (Ex 25, 17-22).  Por causa disso, a Bíblia costuma dizer que "Javé está assentado sobre querubins"
"O exército mandou trazer de Silo a Arca de Iahweh dos Exércitos, entronizado entre os querubins" (1Sm 4,4). A nota da Bíblia de Jerusalém diz: "Os querubins são esfinges aladas que flanqueavam os tronos divinos ou reais da antiga Síria. Em Silo como no Templo de Jerusalém, os querubins e a Arca são o trono de Iahweh, a "sede" da  presença invisível."
Em 1Rs 8,6 vemos:
"Os sacerdotes conduziram a Arca da Aliança de Iahweh ao seu lugar, ao Debir do Templo, a saber, ao Santo dos Santos, sob as asas dos querubins".
"Pondo-se a caminho, Davi e todo o exército que o acompanhava partiram para Baala de Judá, afim de transportar a Arca de Deus que lá estava e que leva o nome de Iahweh dos Exércitos, que se assenta entre os querubins." (2Sm 6,2)
"Iahweh, Deus de Israel, que estás sentado sobre os querubins, tu és o único Deus de todos os reinos da terra..."(2Rs 19,15)
Ora, se Deus "senta sobre os querubins", como então Ele pode ter proibido fazer imagens de querubins? Isto foi mandado porque os querubins não são deuses falsos; mas anjos. Assim, Deus permite se fazer imagem de anjos e santos; não de ídolos.
Também no Templo construído por Salomão, diz o texto sagrado que foram talhados querubins de madeira preciosa para ficar junto à Arca da Aliança:
"Fez no santuário dois querubins de madeira de oliveira, que tinham dez côvados de altura. Cada uma das asas dos querubins tinha cinco côvados, o que fazia dez côvados da extremidade de uma asa à extremidade da outra. Cada uma das asas dos querubins tinha cinco côvados, o que fazia dez côvados da extremidade de uma asa à extremidade da outra. O segundo querubim tinha também dez côvados; os dois tinham a mesma forma e as mesmas dimensões. Um e outro tinham dez côvados de altura. Salomão pô-los no fundo do templo, no santuário. Tinham as asas estendidas, de sorte que uma asa do primeiro tocava uma das paredes e uma asa do segundo tocava a outra parede, enquanto as outras duas asas se encontravam no meio do santuário. Revestiu também de ouro os querubins." (cf. 1Rs, 6,23-28);
E ainda: as paredes do Templo foram todas revestidas de imagens de querubins:
 "Mandou esculpir em relevo em todas as paredes da casa, ao redor, no santuário como no templo, querubins, palmas e flores abertas'. (1Rs 6,29s).
Essas obras foram ordenadas pelo próprio Deus (cf. 1Cr 22, 8-13), que, já no deserto, deu a certos homens o dom de construir imagens, figuras e toda espécie de obras em ouro, prata e bronze ... assim como para talhar a madeira:
"O Senhor disse a Moisés: "Eis que chamei por seu nome Beseleel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá. Eu o enchi do espírito divino para lhe dar sabedoria, inteligência e habilidade para toda sorte de obras: invenções, trabalho de ouro, de prata, de bronze, gravuras em pedras de engastes, trabalho em madeira e para executar toda sorte de obras" ( Ex 31, 1-5). 
Veja com que apreço Deus considerava as imagens de seu Templo, já mesmo no regime do Antigo Testamento.
Como, então, Deus proíbe imagens, se ele dá o dom do artesanato, da arte, a seus homens?
Quando o povo de Israel atravessava o deserto, foi atacado por serpentes venenosas, que fez morrer muitos.  Então o Senhor Deus ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze e a colocasse sobre uma haste; todo aquele que, mordido, a contemplasse, seria salvo:
"Partiram do monte Hor na direção do mar Vermelho, para contornar a terra de Edom. Mas o povo perdeu a coragem no caminho, e começou a murmurar contra Deus e contra Moisés: "Por que, diziam eles, nos tirastes do Egito, para morrermos no deserto onde não há pão nem água? Estamos enfastiados deste miserável alimento." Então o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que morderam e mataram muitos. O povo veio a Moisés e disse-lhe: "Pecamos, murmurando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós essas serpentes." Moisés intercedeu pelo povo, e o Senhor disse a Moisés: "Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo." Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida." ( Nm 21, 4-9).
Ora, a serpente de bronze era também uma imagem.
Alguém poderia objetar: Mas 2Rs 18,4 mostra que essa serpente foi depois destruída por Ezequias, que agradou a Deus.
 É preciso notar, em primeiro lugar, que a serpente foi confeccionada por ordem direta do Senhor a Moisés:
 "... e o Senhor disse a Moisés: "Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo." (Nm21,4).
Ezequias mandou destruir a serpente de bronze porque o povo passou a idolatrá-la como um ídolo. Isto pode ser compreendido pelo contexto em 2Rs 18,4: a serpente de bronze passara a ser vista como uma deusa, com o nome de Noestã e lhe queimaram incenso (símbolo de culto à divindade):
"Destruiu os lugares altos, quebrou as estelas e cortou os ídolos de pau asserás. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés tinha feito, porque os israelitas tinham até então queimado incenso diante dela". (Chamavam-na Nehustã). (2Rs 18,4)
Também o mar de bronze, um reservatório de água especial colocado à entrada do palácio de Salomão era sustentado por doze bois de metal, dos quais três olhavam para o Norte, três para o Oeste, três para o Sul e três para o Leste. São também imagens:
"Hirão fez também o mar de bronze, que tinha dez côvados de uma borda à outra, perfeitamente redondo, e com altura de cinco côvados; sua circunferência media-se com um fio de trinta côvados. Por baixo de sua borda havia coloquíntidas em número de dez por côvado; elas rodeavam o mar, dispostas em duas ordens, formando com o mar uma só peça. Este apoiava-se sobre doze bois, dos quais três olhavam para o norte, três para o ocidente, três para o sul e três para o oriente. O mar repousava sobre eles, e suas ancas estavam para o lado de dentro. A espessura do mar era de um palmo; sua borda assemelhava-se à de um copo em forma de lírio; sua capacidade era de dois mil batos...." ( 1Rs 7, 23-26).
E havia também entre os ornamentos do palácio régio de Salomão figuras de leões, touros e querubins:
"Nos painéis enquadrados de molduras, havia leões, bois e querubins, assim como nas travessas igualmente. Por cima e por baixo dos leões e dos bois pendiam grinaldas em forma de festões." (1Rs 7,28s).
Todos esses textos mostram exaustivamente que a proibição de confeccionar imagens não era absoluta no Antigo Testamento, mas se referia apenas a deuses falsos, ídolos para adorar, para que Israel não caísse na idolatria do panteísmo.
Os próprios judeus, com o tempo, foram entendendo melhor isto. Por exemplo, em certas sinagogas da Palestina do século III d.C., foram encontrados afrescos e figuras humanas.  Na sinagoga de Dura-Europos (à margem do rio Eufrates), estavam representados Moisés diante da sarça ardente, o sacrifício de Aarão, a saída do Egito, a visão de Ezequiel.

Do livro: Intercessão e culto dos Santos, Imagens e Relíquias - Prof. Felipe Aquino